quinta-feira, 18 de março de 2010

DIU. foge pinheiro que te mato





Diu

Tudo comecou com um belo nightbus, confortavel e que pelo menos, em mais de metade da viagem correu sobre alcatrao a fazer lembrar a Europa, daquele que facilita a escuta de umas cantigas e que nao castiga a coluna. Depois, foi rallie, mas esse, foi em formato sono interrompido, pesadelos e sonhos esquesitos a' mistura, onde me via a ser projectado pelo Bus fora, cada vez que o meu corpo se elevava uns belos 10 cm no ar, a cada curva mais puxada ou buraco de estrada que certamente com muito menos profundidade, muito alemao ou tropa aliado se protegeu de balas perdidas e seus derivados.

Acordo de manha, com Diu do lado de fora, quase quase a chegar a' estacao de Camionetes...

Levanto-me, espreguico-me, puxo um mentos da mochila, arrumo o saco-cama, baralho um pouco o sono que ainda me assola e siga a marinha que ja' se faz tarde e a praia nao espera o dia todo..

Passo fora da camionete e voila... era ele, era ele mesmo que me esperava, logo de manhazinha, bem cedo, no terminal de Camionetes de Diu, cidade que em 1961 deixou de fazer parte do Quinto Impe'rio, e eu so' me limitei a dizer : " nao era preciso! tanto quilometro fizeste para me vires ca' esperar ". Era Cristiano Ronaldo, estava ali, estampado numa camisola do primeiro motorista que nos veio oferecer a sua boleia de Rikshaw, e eu, maravilhado fiquei por tal acolhimento, senti-me logo em casa, ou em Madrid, ndede mais nada se fala a nao ser do CR.

Segui viagem de sorriso na boca, ate' a' pensao de um homonimo meu, Souza, Igreja de S.Tome', onde um magnifico terrace nos esperava para uma bela e merecida noite de descanso, mas nao agora, agora ainda estou a comecar o dia e foi so' pra ver, abrir o apetite, prometer. Subir a abobada de canhao, caiada de branco como a lei portuguesa bem manda, orientada para o infinito , com o forte do mar a' esquerda e o magnifico forte de Diu mesmo em frente. Se tinha duvidas que o fim de semana ia ser valente, desfizeram-se todas logo ali, com um remate do meio do campo de um Ronaldo ainda vermelho, mas espero eu, que ainda Portugues, tais quais todos os que tive oportunidade de conhecer nesta maravilhosa ilha.

Os holandeses, com a fome de bola com que andam, de bolas nao que os tipos nao dao nem dois toques sem a deixar cair, mas fome imensa de voltar as' duas rodas, que se apressaram a matar no primeiro stande de aluguer de motociclos e derivados, e claro esta, em terra que ja fora portuguesa, nao ia deixar para os outros, aquilo que achei que tambem podia ter, uma belissima scooter que nao quero saber onde ja' andou, mas que andou bem, disso, nao ha duvidas.

O problema foi dar com o equilibrio da menina, com o gas' descolado e pneus carecas, e com a grande incapacidade que eu tenho para me aguentar em duas rodas sem me desiquilibrar...como diria o outro , FOGE PINHEIRO QUE TE MATO!.

MAs ok, tirando o drama todo dos primeiros metros, de me ter de habituar ao lado da estrada e de levar uma guapa que parecia que conduzia melhor que eu, sem nunca ter conduzido motinhas antes, a caravana de 10 scooters com guarda real de uma Hero Honda, seguiu, e bem, pelas desertas estradas alcatroadas de Diu, pela marginal, ate' a' primeira praia deserta que encontramos...

'Agua quente, em marco, ricas bracadas, curtas claro, porque como diria o meu encarregado de educacao " mais vale um covarde vivo que um heroi morto", e la me deixei ficar em modo away, na agua ou na areia, sem as poses secses dos meus companheiros de viagem.

Para mim o prato principal, era o que a seguir vinha, uma bela orgia de peixe, ali a' patrao, pra me deixar como' aco ( faltam-me sempre as cedilhas).
Ai comi, comi comi, e voltei a comer. Fish biryani, plain Fish, chicken chilli, e voltei ao fish biryani. Antes fui dar outro mergulho, correr pelo areal, Mitch style, a ver onde andava a Pamela.





Depois, tive a feliz ideia de comprar uma bola, organizar um PORTUGAL/INDIA VS ESPANHA/HOLANDA. A coisa ate' comecou bem, com a minha vontade de fazer umas ratas aos holandeses, mostrar onde se joga o bom futebol, ratar os gajos todos, mas ta certo. Com quase 40graus as 4 da tarde, depois de me lembrar o sabor que o peixe tem, o pai ja' vai.. Ainda nao sei como se jogou durante uma hora, num improvisado campo de 15metros de comprimento, desnivelado para a agua, e com o resultado final de 2-2. Acho que na terra dos meus avo's, canelas de seu nome, ja' se viram jogos mais felizes que este, em golos e espectaculo da bola.



Tivemos ate' a participacao de uns outros jogadores indianos, que se fizeram convidados, que corriam a linha lateral ate a' linha de fundo, e continuavam sempre.. GIMME GIMME! EASILY EASILY! PASS ME MAN PASS ME MAN!..ai o jogo morreu, nao de cansaco, mas sim de tao hilariante era ouvir estes comentarios... hehehe



Sunset point, on the rocks, sem martini. Belo por-de-sol. Daqueles que se corre uma vida e guardas dois ou tres, nao que ja tenha visto muitos, ou que ja tinha vivido muitos anos, ou que arrisque dizer que sera' o melhor da minha vida, mas pelo menos, foi bom que deus ma livre, sweet.



Mas uma bela ida a' praia, contar umas estrelas, seguida de mais um jantar big time com tubarao , tubaroas e atum, batatinha cozida, salada, que petisco. O problema veio a seguir, quando do nada, um atentato terrorista, sem que os meus servicos de informacao o fizessem prever, rebenta uma bomba nos meus intestinos... ah fodase..... pedalei que nem o vento pelas escadas ca igreja acima, chego ao quarto, sou avisado que a retrete nao esta em boas condicoes, abro o tampo, e tenho tres crocodilos a boiar, a' minha espera " ola'! ".. alguem tinha entupido aquela espelunca. Segiu a minha viagem ate' a cobertura, para a wc publica, relaxadamente ocupada pelo frances que andava a marchar a inglesa com o dobro da idade dele no promissor ninho de amor ao lado da retrete. Foi o festival.



Dormi que nem um patinho, saco-cama com as estrelas la' no alto, depois de um dia como estes acho que so' e' burro que nao dorme assim, relaxado, sem drama.

A seguir vinha um pequeno almoco na Heranca Goesa, de uma familia que falava portugues, reconheceu o nome Nuno, e me veio cumprimentar e com a qual troquei umas quantas impressoes..


A seguir vem os canhoes!




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